(21) 2215-3026
Assembleia define os limites que o morador que toca algum tipo de instrumento deve ter
A maioria dos moradores de um condomínio sabe que a partir das 22h começa a lei do silêncio. Porém, quando se trata de instrumentos musicais, os cuidados devem ser maiores.
O advogado Alexandre Callé explica que instrumentos musicais estão sujeitos à lei assim como qualquer som. A diferença é que, durante o dia, apesar de os moradores não terem de prezar essencialmente pelo silêncio, o barulho excessivo provocado por alguns deles não é permitido, como guitarras, baterias ou percussão.
“Em alguns casos, não tem jeito, a pessoa precisa ensaiar em um estúdio, escola ou lugar adequado, não no apartamento, mesmo durante a tarde”, diz Callé.
O advogado Stefan Jacob, que também trabalha com condomínios, concorda e reforça que, caso o morador insista em tocar um instrumento barulhento, mesmo durante o dia, o assunto pode ser discutido em assembleia e o condômino acabar impedido de ensaiar.
Além disso, Jacob afirma que os moradores não podem dar aula de música nos seus apartamentos, se o condomínio for exclusivamente residencial.
“O som de um violão à tarde não costuma trazer problemas, mas esse som todos os dias toda pode perturbar os vizinhos”, afirma.
Para alguns, lidar com esse tipo de reclamação já foi um problema durante toda a vida. José Batista Netto, 58 anos, músico e vocalista da banda Almanak, toca guitarra e mora com a mulher, que toca bateria. Para continuar ensaiando sem incomodar vizinhos, a solução foi colocar isolamento acústico e montar uma espécie de estúdio em um dos quartos.
A família também comprou uma bateria eletrônica para ser usada com fones de ouvido. “Acho justo, pois o condomínio é onde as pessoas moram e eu não tenho direito de perturbar a vizinhança, é preciso ter um limite”, afirma.
Veja como são as regras gerais
O que fazer?
Alternativas