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A conquista da casa própria costuma ser uma das metas principais na vida de quem paga aluguel. Porém, para alcançá-la não basta ter vontade. Mais do que isso, é preciso planejar para que todos os passos sejam dados com segurança rumo à concretização do que, para muitos, permanece sendo apenas como um desejo.
Para ajudar nesse planejamento, elaboramos este manual, em que apontaremos os motivos para que uma pessoa se empenhe para sair do aluguel.
Em seguida, indicaremos os caminhos da economia, necessária para realizar esse objetivo. Ainda, daremos dicas sobre como procurar um imóvel, qual documentação deve ser reunida na hora da compra e as formas de pagamento existentes. Finalmente, apresentaremos o que deve ser feito para consultar no mercado a credibilidade do vendedor do imóvel.
Confira!
O aluguel é uma solução para quem não tem moradia própria e nem dinheiro suficiente para comprá-la. Porém, é aconselhável que a pessoa sempre tenha em mente que esta deve ser uma condição passageira, pelos seguintes motivos:
O dinheiro pago no aluguel oferece ao inquilino a condição de morar com dignidade, dando segurança e conforto a ele próprio e à família. Mas, por outro lado, é certo que o valor gasto com o aluguel jamais retornará para o bolso do locatário.
Quem compra a casa própria, ao contrário de quem mora em um imóvel alugado, converte todo o dinheiro investido na aquisição em um patrimônio pessoal bastante sólido, com real capacidade de valorização.
Assim, em vez de contribuir para que o proprietário do imóvel alugado tenha uma renda extra, o dono de um imóvel próprio contribui para a própria segurança pessoal e para a segurança da família.
Com um patrimônio próprio, tanto o comprador de um imóvel quanto a família encontrarão maior estabilidade para viver. Afinal, na casa própria não há o risco de o imóvel ser pedido de volta. Além disso, é preciso considerar que ele tem um valor de mercado significativo, o que também contribui para a estabilidade familiar.
Quem mora em um imóvel alugado está limitado quanto ao que pode fazer na moradia em termos de reformas. Com o imóvel próprio, ao contrário, o dono pode personalizá-lo do jeito que quiser e que a estrutura permitir.
Como vimos na introdução deste manual, para sair do aluguel não basta ter vontade: também é preciso seguir alguns passos bem definidos, que permitirão que o desejo seja realizado. É preciso ter bastante organização e manter o foco voltado para o objetivo de comprar o imóvel.
A seguir, explicaremos como isso pode ser feito a partir de um bom planejamento financeiro.
Caso a pessoa não tenha dinheiro para fazer um pagamento à vista, o primeiro passo é criar um planejamento financeiro que permita acumular uma quantia suficiente para dar uma entrada no imóvel e depois financiar o restante.
Para tanto, é preciso ter um conhecimento claro sobre quanto dinheiro a família recebe mês a mês e quanto gasta. Também, é preciso saber como o dinheiro é gasto e estabelecer o nível de importância de cada despesa.
Para ajudar nessa tarefa, você deve anotar todos os salários e rendimentos que você e os demais membros da família recebem por mês e também o total das despesas mensais. Em seguida, do total dos ganhos, subtraia as despesas, obtendo como resultado o valor que você poderá economizar por mês para a compra da casa própria.
Eventualmente, o resultado da subtração pode significar uma quantia pequena demais para servir como poupança para a compra da casa própria. Em uma situação ainda pior, o resultado pode ser um número negativo, que representa que você está gastando mais do que ganha, o que é péssimo para a economia de qualquer pessoa.
Por outro lado, também é possível que você encontre um bom resultado positivo, o que será ótimo.
Qualquer que seja o resultado, você deve tomar medidas para economizar. Claro, se a sua situação está positiva, melhor ainda — isso significa que você conseguirá efetuar a compra com maior tranquilidade. Porém, se o que sobra no final do mês é muito pouco ou se não sobra nada e você ainda fica no vermelho, o rigor na economia deve ser ainda maior.
Para tanto, é recomendável você fazer uma planilha que detalhe todas as despesas que sua família tem por mês. Você deve anotar quanto gasta e qual o destino do dinheiro.
Com essa planilha você conseguirá visualizar quais são os gastos indispensáveis (aluguel, água, luz, escola, alimentação, etc), quais são os que podem ser reduzidos (por exemplo, despesas com lazer e com roupas), e o que pode ser eliminado completamente, o que depende de cada um.
Lembre-se: o seu objetivo nesse momento é estabelecer uma rotina de gastos que permita a você economizar no dia a dia a fim de sair do aluguel.
Quando você tiver clareza sobre o quanto ganha e sobre o quanto gasta, assim como sobre quais despesas você pode reduzir e quais pode eliminar, é hora de sanear a sua vida financeira. Afinal, sem tranquilidade nessa área, dificilmente você conseguirá comprar um imóvel.
Para isso, faça um levantamento de todas as suas dívidas, se existirem. Se necessário, procure negociar com os credores uma forma de pagá-las. Atualmente, muitas empresas têm criado mecanismos para facilitar o pagamento de dívidas antigas e você pode aproveitar um deles.
Tenha em mente que as dívidas quase sempre estão associadas à cobrança de juros. A falta de pagamento delas leva a multas e a cobranças que podem sujar o seu nome na praça, o que é terrível para quem quer comprar um imóvel, mas não tem dinheiro para pagar à vista.
Como veremos adiante, o financiamento é uma das alternativas para quem se propôs a comprar a casa própria e, para obtê-lo, é preciso que a pessoa não tenha nenhuma restrição de crédito.
Com a situação financeira bem definida, é hora de procurar o imóvel ideal para você e para a sua família. Portanto, defina o tamanho do imóvel e uma faixa de preço que seja compatível com a sua renda mensal e com a economia que você consegue fazer.
Escolha uma localização onde existam imóveis compatíveis com o que você pode gastar e que também apresentem facilidades para você e para a sua família. Leve em consideração a existência de escolas, transporte público, infraestrutura de lazer e comércio próximo. Tudo isso ajuda bastante na rotina diária.
Um aspecto também muito relevante nos dias de hoje é a segurança que um bairro oferece. Observe se há policiamento constante e converse com a vizinhança para ouvir o que as pessoas têm a dizer sobre a qualidade do lugar.
Se você optar por comprar uma imóvel na planta, encontrará mais facilidade de pagamento e preços mais baixos do que os dos imóveis novos. Além disso, se desejar, você poderá escolher materiais de acabamento e até interferir na planta, se o projeto permitir. Isso te poupa de ter que fazer reformas depois do imóvel pronto.
Por outro lado, você terá que esperar a conclusão da obra para se mudar. Enquanto isso, continuará pagando aluguel.
Os imóveis novos são mais caros do que os imóveis na planta e qualquer modificação dependerá de uma reforma, o que pode representar um custo significativo. Porém, se comprados diretamente de uma construtora, eles também podem oferecer boas condições de pagamento, e você terá a possibilidade de mudar imediatamente e se livrar do aluguel.
De modo geral, o imóvel usado não oferece financiamento direto, o que exige que alguma alternativa nesse sentido seja buscada junto a um banco ou a uma administradora de consórcio, conforme veremos no próximo capítulo.
Além disso, é preciso considerar que imóveis usados podem apresentar defeitos que precisam ser consertados. Por exemplo, pode haver problemas com a pintura ou com os pisos, cujas correções representarão um custo adicional.
Por outro lado, com um custo menor do que o dos novos, os imóveis usados também solucionam o problema da moradia de imediato.
Para quem não tem dinheiro suficiente para fazer um pagamento à vista, existem as duas saídas para a obtenção de crédito, que veremos neste tópico.
O financiamento imobiliário é uma linha de crédito ofertada pelos bancos, sendo a mais comum a do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Para se habilitar ao crédito, o candidato ao financiamento precisa comprovar por meio de documentos:
No SFH, o mutuário pode usar o FGTS para pagar parte da dívida. Os limites de valores para os imóveis são de até R$ 950 mil no Distrito Federal e nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e são Paulo e até R$ 800 mil nos demais estados.
Os juros do SFH são de 12% ao ano, menores do que o do mercado, e o dinheiro é liberado em cerca de 30 dias após o pedido.
Os consórcios imobiliários são oferecidos por empresas especializadas na administração desse tipo de sistema. Com eles, existe a vantagem de não haver a cobrança de juros e há a facilidade de adesão a um grupo sem a necessidade de análise de crédito ou outras burocracias, como ocorre com os financiamentos.
Pelo consórcio, a compra do imóvel é feita utilizando o valor de uma carta de crédito, que é entregue pela administradora por sorteio, por lance ou no final do período de duração do grupo. Portanto, quem não é sorteado e não dispõe de dinheiro para dar de lance precisa esperar até que o grupo seja encerrado para receber a carta de crédito e poder comprar o imóvel.
Para que um imóvel seja negociado, de modo geral, é preciso reunir os documentos relacionados abaixo.
Cópia do RG e do CPF e comprovante de endereço.
A compra de um imóvel representa uma transação de valor elevado, que exige do comprador uma série de cuidados para evitar dores de cabeça futuras. Por isso, é preciso fazer consultas que atestem a credibilidade dos vendedores.
Se o vendedor for pessoa física, as certidões negativas que ele apresentar e o título de propriedade livre e desembaraçado são suficientes para atestar que não haverá nenhum problema na compra do imóvel. Neste caso, é preciso ter a certeza de que o imóvel não é motivo de qualquer disputa (como fazer parte de uma partilha de herança), o que deve ser consultado no cartório.
Se o vendedor for uma pessoa jurídica, também é possível atestar a idoneidade da empresa e do imóvel a partir da documentação que ela apresentar. Contudo, se estamos falando de um imóvel em construção, também é preciso investigar a credibilidade da construtora no que diz respeito ao cumprimento de prazos e à qualidade dos imóveis que ela entrega.
Como vimos neste manual, sair do aluguel é um sonho que pode ser alcançado, desde que a pessoa trace um planejamento correto e siga-o de maneira precisa. Também, vimos que é necessário tomar alguns cuidados, que evitarão problemas com a aquisição.
Seguindo este manual, estamos certos de que você conseguirá realizar o seu sonho da casa própria.
Fonte: Como comprar meu apartamento